Samstag, 12. März 2011

12. März 2011

Enfim. Tô aqui nessa terra esquecida pelos julgamentos de Nuremberg (Quem pesquisar na Wikipedia vai se ligar no que eu to falando), e, assim, tenho tido tempo pra "pensar".

Uma dúvida que me ocorre sempre é: Por que as pessoas aprendem a aceitar os defeitos umas das outras? Não, não estou falando de maneira alguma do bom costume da tolerância, do bom senso, ou do respeito às diferenças. Tô falando da estranha violação da lei que diz que "a ordem dos fatores não altera o produto", que ocorre sempre em qualquer interação social. Ou você acha MESMO que a sua namorada estaria com você caso ela descobrisse, antes de ter qualquer coisa com você, que você enxuga uma garrafa de pinga, praticamente devora um maço de cigarros, volta pra casa louco, chuta o cachorro, dorme e acorda vomitado e de mau-humor com quatro pedras e um soco inglês prontos pra apagar o primeiro que falar alto, inclusive ela? Hhehehe, é, é meio extremo, mas conheço gente que  passou a fazer exatamente isso depois de um tempo não muito longo de namoro, e não vi conseqüencia maior do que meia hora de mamação.

Sim, isso que eu tô falando não faz o menor sentido, mas é realmente estranhíssimo como os defeitos pesam menos quando já se conhece as qualidades, e, mais ainda, como as próprias qualidades pesam menos quando se conhece os defeitos. Você pode ser o melhor empregado do mundo, mas vá desalinhado a uma entrevista e você perde a vaga pro seu colega preguiçoso e desorganizado que foi de terno.

Gostaria de entender a razão biológica que leva o ser humano a ser tão fervoroso, fiel ao dito popular de que "a primeira impressão é a que fica". Não vou falar de superficialismo aqui porque simplesmente não é o caso, ainda mais pra um papo clichê e hipócrita desses... Se alguém vier com alguma (possível) explicação evolutiva pra isso terá meu eterno agradecimento, porque, sinceramente já perdi sono demais vagando em pensamentos por esse território...

O território da complexa, perfeita imperfeição do homo sapiens, e da Grande Arquitetura que o criou.




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